Beeem amigos da Carta do Condado, sejam bem-vindos a mais uma edição da encíclica dominical mais amada e lida pelos habitantes do Condado da Faria Lima!
Esse final de semana estamos às voltas com o barulho proveniente das chuvas e também dos roncos dos motores da Fórmula 1. Bem, se você não esteve em uma caverna sem conexão à internet, deve estar sabendo que esse final de semana rola o GP de São Paulo da Fórmula.
Um dos GPs mais eletrizantes da temporada, a cidade está um caos devido ao evento: hotéis (de luxo, claro) lotados, festas exclusivas com nomes chaves da Fórmula1, trânsito ao redor do evento impossível, stories de amigos fazendo a cobertura real time do evento… O típico show que o Faria Limer adora participar.
Bem, ninguém é doido de rasgar dinheiro, e se a competição se mantém e cresce há tanto tempo, é porque alguma coisa ali tem. E se você é leitor assíduo desta encíclica, a Carta da semana passada pode dar indícios do sucesso da corrida.
70 anos de história
A Fórmula 1 tem uma história que remonta ao período pós-Segunda Guerra Mundial – inicialmente, a categoria surgiu como uma resposta à necessidade de entretenimento e promoção das indústrias automobilísticas europeias. O primeiro Campeonato Mundial de Pilotos de Fórmula 1 foi realizado em 1950, e a primeira corrida ocorreu no famoso circuito de Silverstone, no Reino Unido. Apenas sete equipes participaram daquele primeiro campeonato, com nomes lendários como Ferrari, Alfa Romeo e Maserati competindo por vitória.
Baita evolução nos carros: primeira corrida da Fórmula 1, em 1950 em Silverstone (UK)
A competição atua como um laboratório de alta tecnologia, onde ideias e tecnologias avançadas são testadas, refinadas e, eventualmente, implementadas em veículos de rua, beneficiando os consumidores com carros mais seguros, eficientes e inovadores. Muitas das inovações desenvolvidas nas pistas de corrida da Fórmula 1, como sistemas de freios aprimorados, aerodinâmica avançada e motores de alta eficiência, acabam sendo incorporadas em carros de uso diário. Além disso, a busca incessante por desempenho e inovação na Fórmula 1 estimula a indústria automobilística a aprimorar a segurança veicular, introduzindo sistemas de proteção, como airbags e estruturas de carroceria mais segura.
Ao longo das décadas, a Fórmula 1 passou por uma constante evolução técnica, esportiva e globalização: a competição se expandiu para diversos continentes, realizando corridas em locais tão diversos quanto Mônaco, Singapura, Abu Dhabi e Xangai, tornando-se um espetáculo global assistido por milhões de fãs em todo o mundo. Esse ano participam 20 pilotos, distribuídos por 10 equipes, apoiados por alguns dos maiores fabricantes automóveis do mundo: Ferrari, Mercedes Benz, McLaren e Aston Martin (para citar alguns), e com marcas como a Ford entrando no esporte a partir de 2026.
Um Show de Indústria E Decisões Estratégicas
E o número de competições aumentou vertiginosamente: a temporada de 2023 tem um recorde de 23 eventos de Grande Prêmio no calendário, contra 22 no ano passado. Os avanços nas viagens e na logística permitiram que o esporte chegasse a quase todos os cantos do globo, começando no Médio Oriente e parando na Ásia, na Europa e nas Américas ao longo do caminho.
A última região é o foco principal da F1 no momento; acrescentou uma corrida em Miami em 2022 que foi um grande sucesso e visitará Las Vegas este ano. Isso porque a nova dona da Fórmula 1, a americana Liberty SiriusXM Group, sabe que americano adora gastar dinheiro com entretenimento.
E foi uma estratégia em etapas e com a mesma diretiva que vem sendo tomada pela indústria do futebol: a Fórmula 1 é um esporte de origem europeia que se consolidou em diversos continentes e países, menos nos EUA, que tem sua cultura esportiva própria (NBA, NFL, Fórmula Indy, Hockey, etc). Pensando nisso, primeiro inseriram os grandes takes do esporte com o seriado Drive to Survive na Netflix – o que fez os americanos “caírem de paixão” pelo esporte, segundo o New York Times. Depois, escolheram uma das cidades mais efervescentes e latinas dos EUA: Miami. A grande comunidade de latinos e europeus ricos vivendo na cidade facilita o trabalho de lotar o GP. (Mesma estratégia do futebol, ao levar David Beckham e Messi para lá).
Finance, Baby
Mas não pense que é só para agradar diversos países que a Fórmula 1 dá a volta ao mundo: mais corridas equivalem a mais vendas de ingressos, mais audiência e mais oportunidades de patrocínio, o que é uma das maneiras pelas quais a Liberty fez o esporte crescer em sua gestão até agora.
Um recorde de 5,7 milhões de fãs compareceram cumulativamente a todas as corridas do Grande Prêmio em 2022, contra 4,2 milhões em 2019 (o ano mais recente não afetado pelas restrições da COVID-19).
O esporte também está maior do que nunca do ponto de vista financeiro. A receita é obtida de três maneiras: promoção de corridas (venda de ingressos), direitos de mídia e TV e taxas de patrocínio.
Mas não é apenas o Grupo Fórmula 1 que colhe os frutos do seu recente sucesso. Por exemplo, o Grande Prêmio de Miami de 2022 gerou cerca de US$ 350 milhões em gastos na economia local.
GP de Miami teve até um “Yatch Club”
Las Vegas está preparada para ser um espetáculo ainda maior. Os executivos da Liberty esperam que a corrida gere US$ 500 milhões em receitas para a Fórmula 1, e pode ser uma das cinco corridas mais lucrativas. Essa é uma das razões pelas quais os analistas de Wall Street esperam um aumento maciço de 28% na receita total do Grupo em 2023.
Não tem como: o povo gosta de se divertir, e paga alto por isso.
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E aí: quem leva a temporada de 2023
belo texto!
só vacilou no final: Mex Verstappen e Red Bull já são os campeões de 2023