Centauros são seres da mitologia grega representados como figuras híbridas: metade humanos da cintura para cima e metade equinos da cintura para baixo. Sua origem é frequentemente associada ao mito do sábio e sátrapa Quíron, o centauro mais notório e diferenciado. Diferente de seus congêneres, Quíron era conhecido por sua sabedoria, habilidade medicinal e gentileza, tornando-se um mentor para heróis como Aquiles e Asclépio. No entanto, a dualidade da natureza do centauro frequentemente dava margem a interpretações ambivalentes, representando tanto a selvageria e instinto animal quanto a racionalidade e conhecimento humano. A lenda do centauro serve como uma metáfora intrigante para a complexidade inerente à condição humana, explorando a coexistência de forças opostas e a busca por equilíbrio entre instintos e razão.
Centauro também é o nome de uma modalidade de xadrez em que cada jogador humano usa um programa de xadrez por computador para ajudá-lo a explorar os possíveis resultados dos movimentos do seu oponente. Os jogadores humanos, apesar da assistência do computador, ainda estão totalmente no controle de quais movimentos o seu time (de um homem e uma máquina) fazem.
Da Grécia Para A Rússia
O “Xadrez Centauro” tem suas sementes em 1997, quando o russo Garry Kasparov, um dos maiores jogadores de xadrez de todos os tempos, jogou uma partida histórica contra o programa de computador Deep Blue da IBM e perdendo. Após a derrota, Kasparov começou a explorar a ideia de combinar a habilidade humana com a capacidade de processamento de um programa de computador de xadrez, criando equipes de jogadores humanos e programas de computador para competir em torneios que foram chamados de Xadrez Centauro.
A solução de Kasparov foi uma versão positiva daquele velho dilema “homem versus máquina” – que a mídia e o cinema adoram retratar – em que uma sociedade futura utópica de humanos é substituídos por robôs e máquinas e a raça humana fica cada vez mais subjugada e privada de sua liberdade e individualidade. Gary mostrou que, na verdade, o futuro não é “homem versus máquina”, e sim “homem + máquina”.
Do Xadrez Para O Mercado Financeiro
Será que dá para ter o mesmo otimismo sobre o futuro e o mercado de trabalho no mercado financeiro com a adoção rápida e massiva de inteligência artificial, representado pela figura popularíssima do Chat GPT?
Bem, isso foi respondido no seminário de outono da Inquire Europe por Wei Jiang e seu estudo ‘From Man vs. Machine to Man + Machine: The Art and AI of Stock Analyses’.
Wei analisa a profissão de analista de ações, que desempenha um papel crítico como intermediário de informações e também foi impactado pela capacidade da IA de fazer previsões rápidas e poderosas a um custo baixo.
Para fazer a transição de “Homem vs Máquina” para “Homem + Máquina”, foi desenvolvido um modelo próprio de IA para previsões de ações de 12 meses.
O modelo de IA centra-se na projeção de preços-alvo, uma vez que as previsões de lucros podem ser influenciadas por decisões de gestão discricionárias das empresas.
O “analista de IA” foi treinado nas atuais ferramentas de machine learning, utilizando dados publicamente disponíveis e informações textuais das divulgações das empresas, excluindo as previsões dos analistas humanos.
No estudo, descobriu-se que o “analista de IA” supera os analistas humanos em 55,9% das previsões de preço-alvo. Essa vantagem pode ser devida ao processamento superior de informações da IA e à falta de viés humano (erros constantes, viés de ancoragem e toda aquela história sobre vieses de previsão).
Da Visão Competitiva Para Uma Possibilidade Colaborativa
Mesmo quando as previsões dos analistas humanos são “desviesadas” através de machine learning (isto é, o analista humano poderia consultar a inteligência artificial para aperfeiçoar suas projeções), a IA ainda as supera em 48,2% dos casos, sugerindo que a correção do viés explica uma parte significativa da lacuna de desempenho Homem-Máquina.
A IA tem uma vantagem especialmente quando as empresas são complexas e quando a informação é altamente dimensional, transparente e volumosa.
No entanto, o estudo também identifica cenários em que os analistas humanos superam a IA: para empresas menores e mais ilíquidas e para aquelas com modelos de negócio baseados em ativos leves, os analistas humanos tendem a permanecer competitivos quando informações críticas requerem conhecimento institucional e quando a situação é incomum.
Além disso, a vantagem da IA sobre os analistas humanos diminui ao longo do tempo, à medida que os analistas ganham acesso a dados alternativos e a recursos internos de IA.
Com isso, a conclusão foi que o ser humano e a IA podem complementar-se, criando um modelo “Homem + Máquina” que supera o modelo apenas de IA. Esta parceria ajuda a evitar erros extremos e pode ser benéfica em diversas profissões qualificadas, inclusive para analistas de ações. Finalmente, o estudo mostra que os analistas que utilizam dados alternativos processados por IA podem melhorar o seu desempenho, especialmente quando afiliados a empresas com fortes capacidades de IA”.
Em resumo: é bem provável que a inteligência artificial vai “roubar” muitos empregos no mercado financeiro, mas também é bem provável que profissionais tirem vantagem da inteligência artificial para melhorar seus calls tomem melhores decisões e sejam bonificados por isso.
Do Machine Learning Para o BlockChain
O recente "The Geography of Cryptocurrency Report" de 2023 da Chainalysis trouxe novidades: nosso querido Brasa agora brilha dentre o Top 10 global entre os países com maior adoção de criptomoedas.
No relatório, também podemos ver o bitcoin mudando as vestimentas: trocando as roupas largas de skatista por um belo terno slim fit - tal qual o típico Faria Limer.
O relatório regional do pessoal da Chainalysis traz vários insights que ajudam a entender as mudanças e como a institucionalização pode ajudar no amadurecimento do mercado de criptoativos.
Se você ainda está casado com a ideia de que criptomoeda é Bitcoin, hora de renovar os votos: as stablecoins estão tomando uma magnitude muito relevante nesso mercado financeiro tradicional e existe uma preferência por uma criptomoeda em que una tecnologia blockchain com o ambiente regulado do sistema financeiro tradicional. Mais um indício do espaço que a institucionalização tem tomado no mercado de criptoativos.
Ainda sobre institucionalização de criptos, o novo ETF - em vias de aprovação pela agência americana SEC - pode mudar o fluxo financeiro das criptomoedas. Esse movimento institucional toma proporções maiores quando uma gigante como BlackRock decide fazer parte do jogo e criar um ETF que realmente opera criptoativos e não derivativos.
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Desconfio que não, é um bom aliado de prompt, porém não resolve a dor.