Esta é a sua carta semanal para atualizar o cenário de mercado. O objetivo é que você pelo menos fique um pouco mais informado ou tenha o que comentar na mesa de almoço.
China - a trupe do Politburo desceu do morro
É, o morro ficou quieto por muito tempo, agora o pessoal resolveu se mexer. O Politburo começou a anunciar suas medidas para recuperar a economia, começando a pensar ainda mais no suporte para o consumo e quer ver a chinesada comprando eletrônico e bens domésticos a adoidado. Se você gosta de comprar bugiganga da China, talvez agora o próprio chinês seja concorrente nessa demanda. Além disso, vão começar a permitir algum tipo de especulação no setor imobiliário, relaxando as medidas que impedem hoje que uma galera compre imóveis com o único objetivo de acumular patrimônio. Pode ser um vento importante para um setor que demanda muito minério de ferro e é super importante para Brasil.
EUA - Fed in da house
O Fed já começou seu processo usual de preparar o mercado para o final do ciclo monetário. De uma nova alta de juros quase pedindo desculpa e Powell já elevou mais a barra para uma alta adicional de juros. Obviamente, se no meio de caminho os dados surpreenderem, não exitarão em tirar o hikehammer do armário e punir o mercado. E isso que o PIB já surpreendeu para cima, agora é hora de olhar o mercado de trabalho e inflação. Ainda assim, eles podem começar a olhar mais para o “não-corte” de juros tão rápido do que necessariamente continuarem subindo juros. Se tivermos um cenário em que a inflação continua caindo, o mercado de trabalho fica apertado, o PIB continua surpreendendo para cima e o Fed para de subir juro. Olha, se vocês acham que o mercado já está em bull market, é porque ainda não entenderam o que é o S&P sem barreira para andar. Seja inteligente (não-artificial) e comece a olhar mais para fora.
Brasil - upgrade de rating de crédito
Quem diria que a Fitch voltaria a olhar para o Brasil com carinho. Não que não foi merecido, principalmente várias reformas foram aprovadas ao longo dos últimos anos, mas obviamente a pandemia veio e bagunçou toda essa percepção de melhora. Obviamente ainda estamos longe do grau de investimento, mas só de começar a galgar novamente o caminho para tal já é mais uma sinalização que as coisas podem melhorar. Semana que vem o COPOM vai marretar os juros, tudo indica, por 50 bps e o jogo muda para o mercado. Brasil será um dos primeiros países relevantes no mundo a começar a afrouxar o ciclo monetário e com fundamento de queda da inflação bem solidificado. Dessa forma, estamos mais de um semestre na frente dos EUA, que por sua vez está na frente da Zona do Euro. O que acontecer aqui, em termo de apetite ao risco no mercado, pode ser um prelúdio do que pode ocorrer lá fora. Obviamente a política precisa continuar jogando a favor, com pautas relevantes e sem criar crises ou barulhos. Um ambiente de estabilidade política, queda da inflação, queda dos juros e atividade econômica forte, voltaremos a sonhar cada vez mais com aquele ambiente maravilhoso entre 2017-2019, onde todo mundo era gênio e feliz.
Frase da semana
A sociedade que coloca a igualdade à frente da liberdade irá terminar sem igualdade e liberdade
Milton Friedman, prêmio Nobel de economia
Curiosidade aleatórias da semana
"Como foram inventados os acentos gramaticais?
Os acentos gramaticais foram criados por Aristófanes de Bizâncio, o primeiro bibliotecário da Biblioteca de Alexandria, alguns séculos antes de Cristo. Foi na língua grega que ele introduziu tanto os acentos quanto os sinais de pontuação, que posteriormente seriam assimilados pelo latim. Principalmente entre os religiosos, esses artifícios tiveram grande aceitação e foram amplamente empregados, pois permitiram o estabelecimento de entonações específicas nos cantos bíblicos."
No EUA - Fed in da house
hesitarão*, não?
Inflacao, juros altos, pagos com emissao de titulos q é dinheiro q paga juros,, divida publica compoe a maior corrupcao publica desse seculo