Quem Quer Dinheiro?
E o dia que muitos temiam e tantos outros evitavam pensar, chegou: perdemos Silvio Santos. O gênio da comunicação e do entretenimento nos deixou aos 93 anos de idade, depois de décadas entregando entretenimento para o público brasileiro.
As redes sociais foram inundadas de mensagens de luto em homenagem ao apresentador, e (re)descobrimos que Silvio não era só um grande apresentador e empresário: o homem era uma máquina de memes.
O terno bem cortado, o cabelo penteado para trás e a mão na barriga se uniam àquela risada inconfundível para produzir cenas memoráveis na história da televisão brasileira, que foram desde a cena do “balança-caixão” com Hebe Camargo, a Silvio caindo no tanque d’água ao errar uma pergunta do seu próprio programa até os famosos aviãozinhos de dinheiro que voavam quando o apresentador perguntava “Quem quer dinheiro?”.
Para saudar a memória do já saudoso Silvio Santos, nós relembramos os programas apresentados por Sílvio ao longo de mais de meio século e nos perguntamos: e se os programas de Silvio Santos fossem um ativo financeiro?
Programa do Silvio Santos: CDB
O tradicional da casa, o Programa Silvio Santos começou em 1963, começou pela TV Paulista, TV Globo, TV Tupi e, finalmente, em 1981, com a fundação do SBT, a atração passou a ser um dos pilares da emissora até os últimos anos do apresentador.
O Programa do Silvio Santos foi reconhecido pelo Guinness Book como o mais longevo programa de auditório de TV com o mesmo apresentador e se consagrou aos domingos como espécie de "guarda-chuva", que reunia diversas atrações e, em um período do tempo, até programas de auditórios com temáticas diferentes.
O carisma e o desenrolo de Silvio faziam com que o programa fosse pau-pra-toda-obra e sempre que precisava, aumentava mais umas horas no dia para preencher a grade da emissora e garantir uns pontinhos da audiência.
Era uma renda fixa com retorno quase garantido, aquele investimento que a gente não deixa de ter em carteira e que nos dá a segurança para todas as horas: um CDB.
Topa Tudo Por Dinheiro: Ações
Esse daqui foi um dos queridinhos do público brasileiro enquanto esteve no ar e rendeu memes que já foram eternizados na história da televisão brasileira: a atração estreou em em 1991 e consistia em uma série de jogos com a plateia valendo, sempre, alguma quantia em dinheiro vivo. Silvio soltava o famoso “Quem quer dinheiro?”, que era seguida pelos famosos "aviõezinhos" que Silvio soltava para a audiência, normalmente formada por caravanas de todo o País.
Se fosse um ativo financeiro, seriam as ações: fazendo o auditório se descabelar por um dinheiro voador e gerando muitos memes de qualidade para o povão.
Porta da Esperança: Dólar
No “Porta da Esperança” os brasileiros poderiam enviar cartas contando algum desejo pessoal — um carro, a viagem dos sonhos ou até conhecer o artista favorito — e concorrer para realizá.
Os escolhidos iam ao programa, contavam suas histórias e esperavam para ver se do outro lado da porta estava o objeto de sua esperança.
A “Porta da Esperança” dos investimentos brasileiros é o dólar: é aquele ativo que você compra pensando que lá atrás já foi 1 pra 1 e hoje tá a quase 6, que compra tanto como forma de investimento como também para gastar na Disney ou em Orlando (que Silvio adorava, diga-se de passagem).
Assim como o programa gerava aquele frio na barriga do participante pela incerteza de ter ou não seu sonho realizado, assim é o dólar: você acha que oscila muito, mas na verdade é uma taxa, e na verdade quem varia é o real.
No final, era quase certo que a maioria esmagadora das pessoas conseguiam realizar seus sonhos, assim como é sempre quase certo que a tendência de longo prazo do dólar é pra cima (com muitos solavancos e surpresas no meio do caminho).
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Pião do Baú: Imagens que se podem ouvir
Pião da Casa Própria: FIIs
O programa "Pião da Casa Própria" havia sido um quadro do "Para Ganhar É Só Rodar", na década de 1960, e de tanto sucesso ganhou vida própria em 1987.
Nesse programa os clientes do famoso Baú da Felicidade (aposto que sua avó gastou uns trocados comprando umas Tele Senas, que guardava debaixo da televisão para conferir os números sorteados e ver se não tinha ganho) eram sorteados para irem até os estúdios do SBT girar o pião.
Quem conseguisse o maior número, ganhava a casa.
Quem ia ao Pião queria apenas uma coisa: um imovelzinho pra chamar de seu. Se fosse um investimento, o programa seria um FII.
Setor imobiliário e com uma volatilidadezinha pra dar uma emoção.
Casa dos Artistas: Criptomoedas
Silvio foi um visionário e trouxe para o país um dos primeiros reality shows que existiram por aqui, chegando a ganhar da Globo em audiência com o programa que confinava artistas em uma casa repleta de câmeras para concorrer a um prêmio de R$ 300 mil – a primeira edição foi em 2001, e 300k era grana naquela época, viu.
Por ser visionário na época de lançamento, reunir tanto artistas conhecidos pelo grande público e outros não muito, por contar com belíssimas modelos famosas, artistas relativamente desconhecidos e esquisitos e mais uma diversidade de tipos, chegamos à conclusão que a Casa dos Artistas seriam criptomoedas.
Show do Milhão: fundos multimercado
Esse daqui marcou tanto que até hoje tem quem manda um “Pergunte aos universitários” quando não sabe uma respostas (e que vem seguida da decepção de sempre em descobrir que os universitários nunca sabem). Era um programa de perguntas e respostas que prometia prêmio milionário para quem acertasse as perguntas sobre variados assuntos de forma correta.
Modelo inspirado em algo criado na gringa, envolve saber uma variedade grande de assuntos e um pequeno deslize pode fazer você perder tudo: com certeza, se fosse um ativo, seria um fundo multimercado.
Silvio Santos: Uma lenda que agora entrou para eternidade. Descanse em paz, mestre do entretenimento.