Verdades Sobre Colegas de Trabalho
Vocês almoçam juntos pelo menos uma vez por semana, conversam sobre o último episódio do seriado sobre mercado financeiro e até mesmo convidam uns aos outros para o aniversário do filho. De repente, a vaga para um cargo superior é preenchida por aquele que até então era seu par no time e você fica sem entender. Afinal, ambos têm mais ou menos as mesmas habilidades (segundo sua percepção) e o fulano te falaria se fosse aplicar para aquela vaga…
Mas a realidade é que ele não avisou. Fez tudo em silêncio e agora a pessoa que você costumava tratar com informalidade agora é seu chefe. E o pior: no fundo, você sabe que tem as habilidades e a competência para ocupar aquela vaga que seu “colega” ocupou. Não o fez por não se achar apto.
A ficha caiu: sob o manto de normalidade e do “quem será que vão preencher essa vaga?”, ele foi lá e aplicou secretamente para a vaga, enquanto te induzia a achar que o cargo estava muito além das habilidades e experiências que vocês compartilham e que obviamente a empresa ia contratar um externo pra preencher a vaga. E você acreditou. “Sou um imbecil mesmo”, pensa.
Quando junta coragem e resolve marcar uma conversa para tentar entender o que aconteceu e como vai ser daqui para a frente, o colega (ou melhor, agora: “chefe”) surge simpático e solta um “Opa! Tava querendo mesmo falar contigo. Que loucura, né? Também fui pego de surpresa e agora estou planejando os próximos passos. Vamos conversar e alinhar a estratégia daqui pra frente, você é muito importante para o time!”. Cínico.
Uma história genérica que poderia ter ocorrido em algum escritório da Faria Lima e que certamente não representa um dia comum de trabalho. Mas também não é um caso impossível: são famosas as puxadas de tapete entre colegas no mundo corporativo — em escala muito maior que a anedota acima. Alguns bancos de investimento da Faria Lima, inclusive, nasceram assim.
E se você ama seu trabalho corporativo e tem um time em sinergia, sinto-lhe informar: você não está imune dessas puxadas de tapete de colegas. Inclusive, é quando está mais confortável que fica vulnerável a essas situações. Pensando nesses casos, trouxemos algumas duras reflexões:
#1 Colegas de trabalho não são amigos
Comecemos pelo óbvio: não é porque um vai aniversário do filho do outro e tem interesses em comuns que são amigos. Se, numa situação limite, a pessoa tiver que escolher entre você e ela, ela não te escolherá. Nunca se esqueça disso e não baixe a guarda totalmente.
No hard feeling, é a vida. Lei da selva.
#2 Um peixe de boca fechada não é pego
Se você é uma pessoa extrovertida e gosta de compartilhar casos da sua vida e, principalmente, seus planos, cuidado: muitas pessoas te escutam e te oferecem palavras de apoio, mas no fundo podem estar agindo como um “gravador”, anotando tudo o que você diz e pensando no quanto aquilo poderia ser pra ela.
Às vezes, você percebeu algo que ninguém mais percebeu e comentou seu entusiasmo, mas esse entusiasmo acabou colocando luz nessa oportunidade escondida e agora as outras pessoas passaram a querê-la também. E o pior: talvez elas saibam disfarçar muito bem, e enquanto você fala sobre, ela corre pelas beiradas a fim de obtê-la.
#3 As Pessoas Guardam Detalhes da Sua Vida Financeira e Usam de Comparação
Em linha com o item anterior: se você é de muitos amigos e/ou gosta de compartilhar detalhes de consumo e do seu padrão de vida (em especial nas redes sociais), atente-se aos conteúdos que exibe por aí.
O carro novo importado que comprou pode acender a luz vermelha no cérebro do colega, questionando se o salário que você recebe é compatível com as entregas que tem feito no trabalho e com os salários do time.
(Por que vocês gostam tanto de exibir bens materiais e viagens nas redes sociais? Sério que necessitam tanto assim da validação externa para se sentir realizados?)
#4 As Pessoas Tem Inveja das Suas Habilidades, Principalmente As Habilidades Natas
A meritocracia é boa, no geral: aquele que se esforça mais recebe mais. Funciona como um bom incentivo ao desenvolvimento e crescimento e dá esperanças às pessoas. Mas tem alguns limites, como as habilidades natas. Se duas pessoas são igualmente boas em técnica, mas uma delas é superior em termos de comunicação, quem você acha que tende a ser promovido?
Ou então, duas pessoas que trabalham na área comercial e uma é mais bonita que a outra: estudos apontam que a pessoa bonita deverá conseguir mais vendas, apenas por ser mais bonita.
#5 Nunca Elogie Demais, Isso Pode Potencializar um Feedback Negativo
Feedbacks positivos são bons, tendem a motivar as pessoas a executarem novamente para receber a “cenourinha” novamente. Mas use com cuidado: feedback demais pode fazer mal. Além da pessoa ficar com a falsa sensação de estar como uma performance superior ao que realmente é, um eventual feedback negativo pode gerar uma quebra de expectativa muito grande: ao invés de partir de um patamar neutro e ir para o negativo, partimos de um patamar positivo e vamos um patamar negativo. O impacto percebido tende a ser maior.
#6 As Pessoas Competem Secretamente Com Você. Especialmente Se Você É Jovem, de Boa Aparência Física e Tem Uma Família Feliz
O ser humano admira a perfeição mas não sabe lidar com ela de perto. Uma coisa é saber que o artista jovem e milionário tem uma família feliz, outra coisa é ver a pessoa à sua frente com uma boa aparência física, uma família feliz e performando bem.
É quase que um sentimento infantil de injustiça. Mas se fosse só isso, tudo bem.
O ponto é que, a partir dali, as pessoas passam a competir com você secretamente, numa tentativa de reequilibrar as forças. E se, mesmo nessa competição secreta, não se sentem igualados, continuarão tentando reequilibrar as forças, mas agora de maneira mais suja, através de fofocas e intrigas.
#7 Tem Gente Que é Naturalmente Boa Em Mentir e Você Precisa Aprender a Discernir Isso
Estima-se em 1% o número de sociopatas na população, mas esse número tende a ser maior no mundo corporativo e na política devido às dinâmicas dessas áreas. Com isso, não é nula a chance de você dar de cara com um desses por aí.
E num primeiro momento de choque com uma personalidade do tipo, a primeira atitude é colocar em si a culpa: “não sou bom o suficiente”, “fulano é melhor que eu, realmente”, “fulano está certo, sou muito ruim” ou coisas do tipo.
Mas essa auto-flagelação nem sempre é verdade: algumas pessoas são realmente boas em mentir em praticar gaslight. Na dúvida, lembre-se dos itens #1 e #2 e pratique auto-conhecimento.
Vai viajar nas férias de Julho, pegar uma filinha kilométrica na imigração pra curtir o verão no hemisfério Norte? Então vai de Avenue.
A @avenues.us tem cartão de débito em dólar com vantagens muito mais competitivas comparadas aos cartões de crédito brasileiros.
Abrindo a conta agora, você tem acesso ao benefício que entrega um IOF de 1,1% e cotação de dólar comercial e saque em toda a rede Mastercard ao redor do mundo, além da transferência entre contas Avenue. Saiba mais aqui.